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Por que os cristãos etíopes ainda estão em 2015 em vez de 2023?

Cristãos etíopes em Aksum

Andrzej Kubik / Shutterstock.com

Cristãos etíopes em Aksum

Francisco Vêneto - publicado em 04/01/23

O seu calendário também se baseia no nascimento de Jesus Cristo, mas segue outra contagem - e tem 13 meses

Existem cerca de 40 diferentes calendários que ainda estão em uso atualmente por culturas diversas. O mais estendido de todos é o gregoriano, que usamos no Brasil assim como na maior parte do mundo. Entre os outros modelos mais conhecidos de contagem dos dias e dos meses podemos mencionar o calendário juliano, que até hoje serve como referência para as datas litúrgicas da Igreja Ortodoxa. Há também os calendários chinês, judaico, islâmico, hindu, entre dezenas de outros.

No mundo cristão, um caso peculiar é o da Etiópia, que tem um calendário próprio não apenas para fins litúrgicos, mas se rege por ele também civilmente. É por isso que, na Etiópia, ainda é 2015 em vez de 2023.

O calendário etíope, conhecido também como calendário eritreu, possui 13 meses: 12 deles duram 30 dias, enquanto o 13º tem cinco – ou seis, se for um ano bissexto.

A Etiópia é um dos mais antigos países cristãos do mundo, e o seu calendário também se baseia no nascimento de Jesus Cristo. No entanto, ele não adotou o ajuste realizado no século VI pelo Papa Gregório XIII – cujo nome, aliás, está na origem do termo “calendário gregoriano”. Saiba mais a este respeito acessando o seguinte artigo:

Por conta dessa peculiaridade cultural e histórica, os etíopes estão de sete a oito anos “atrasados” em relação ao calendário gregoriano.

Vale registrar que o Ano Novo etíope recai no dia 11 de setembro – ou no dia 12, em anos bissextos. Portanto, eles não trocaram de ano quando o mundo ocidental passou de 2022 para 2023.

Vale registrar que a Etiópia sofre atualmente um dos mais sangrentos conflitos em curso no planeta. Oremos pela paz e pela prosperidade dos nossos irmãos etíopes.

Tags:
CristianismoCulturaHistória
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