Uma das razões pelas quais o Sagrado Coração de Jesus recebe tanta e tão solene devoção tem a ver com a luta humana contra a solidão:
“Em que consiste realmente a miséria do ser humano? Podemos dizer que a raiz da miséria do ser humano é a solidão, é a ausência de amor — é o fato de minha existência não ser abraçada por um amor que a torna necessária” (Cardeal Joseph Ratzinger).
O Sagrado Coração de Jesus é o antídoto.
São Pedro Damião, do século XI, escreveu:
“É neste adorável Coração que encontramos todas as armas necessárias à nossa defesa; todos os remédios adequados para a cura dos nossos males, todos os auxílios mais poderosos contra os assaltos de nossos inimigos, todas as mais doces consolações para aliviar os nossos sofrimentos, todos os deleites mais puros para encher a nossa alma de alegria. Estás aflito? Teus inimigos te perseguem? A lembrança de teus pecados passados te perturba? Sentes teu coração agitado pela inquietação, pelo medo da paixão? Vai e lança-te, por assim dizer, aos braços de Jesus Cristo. Entra em Seu Sagrado coração. É um santuário, um retiro para almas santas, um lugar de refúgio em que nossa alma fica em perfeita segurança”.
Nada agrada mais a Jesus. “O desejo supremo do Sagrado Coração de Jesus”, observou monsenhor Robert Hugh Benson, “é ser admitido naquela câmara secreta interior da alma onde o ser humano é mais ele mesmo e, portanto, está mais profundamente sozinho”. O Papa Bento XVI nos encoraja: “O coração de Deus chama o nosso coração, convidando-nos a sair de nós mesmos, a renunciar às nossas certezas humanas, a confiar nele e, seguindo o seu exemplo, a fazer de nós mesmos um dom de amor sem limites”.
Sigamos o excelente conselho do Papa Francisco: “Agora é a hora de dizer a Jesus: Senhor, eu me deixe-me enganar; de mil maneiras, evitei o teu amor, mas aqui estou, mais uma vez, para renovar minha aliança contigo. Eu preciso de ti. Salva-me mais uma vez, Senhor; leva-me mais uma vez ao teu abraço redentor”.
