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Naufrágio no Mediterrâneo, Uganda, Ucrânia… Os apelos do Papa

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Antoine Mekary | ALETEIA

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Reportagem local - publicado em 19/06/23

Pelo menos 41 pessoas foram assassinadas na noite de sexta-feira depois que uma escola de ensino médio na cidade de Mpondwe

Com uma expressão séria no rosto, o Papa Francisco reiterou sua “tristeza” pela tragédia na costa da Grécia, com a morte de quase 80 migrantes, durante o Angelus dominical que recitou em 18 de junho de 2023. Ele também falou sobre o terrível ataque a uma escola secundária no oeste de Uganda e pediu que perseverássemos em oração pela “Ucrânia martirizada”.

“Parece… parece que o mar estava calmo”. Foi com a voz trêmula que o Papa Francisco lamentou a última tragédia ocorrida no Mediterrâneo, na costa do Peloponeso. Na noite de 13 para 14 de junho, um barco com centenas de exilados afundou, matando pelo menos 78 pessoas.

O Papa, que já havia expressado sua “consternação” em um telegrama do hospital Gemelli em Roma, expressou mais uma vez sua “grande tristeza” e “pesar”.

Referindo-se ao Dia Mundial do Refugiado, organizado pelas Nações Unidas em 20 de junho, e em um momento de crescente controvérsia sobre a responsabilidade dos Estados europeus na assistência aos migrantes náufragos, o papa fez um apelo: “Imploro que se faça todo o possível para evitar tais tragédias”.

Pela paz em Uganda

“Também rezo pelos jovens estudantes que foram vítimas do ataque brutal a uma escola no oeste de Uganda”, disse o Papa de 86 anos, referindo-se a uma “guerra” que está ocorrendo “em todos os lugares”. “Oremos pela paz”, pediu ele.

Pelo menos 41 pessoas foram assassinadas na noite de sexta-feira depois que uma escola de ensino médio na cidade de Mpondwe, na fronteira com a República Democrática do Congo, foi atacada. De acordo com a AFP, as autoridades ugandenses estão culpando os membros das Forças Democráticas Aliadas, uma milícia islâmica que jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico.

Durante sua visita à República Democrática do Congo no início de fevereiro, o Papa Francisco pediu paz nessa região da África devastada por conflitos entre milícias armadas. Ele se encontrou com várias vítimas da barbárie desses grupos e ouviu seus testemunhos abomináveis.

Oração pelos mártires da Ucrânia

No final do Angelus, o Papa de 86 anos não se esqueceu de mencionar a guerra na Ucrânia, como tem feito quase sistematicamente desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. “Perseveremos em oração pelo povo mártir da Ucrânia”, disse ele, lembrando que essas pessoas estão “sofrendo muito”.

Essa declaração vem em um momento em que os esforços diplomáticos da Santa Sé na área da paz e da ajuda humanitária continuam. No início deste mês, o enviado do Papa, Cardeal Matteo Maria Zuppi, viajou para Kiev para se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

A missão especial do cardeal de Sant’Egidio poderia agora levá-lo a Moscou, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Na sexta-feira, o Papa Francisco teve uma audiência privada com o Metropolita Antônio de Volokolamsk, Presidente do Departamento de Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou.

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