Em pelo menos 105 cidades do Brasil, milhares de cidadãos se manifestaram de modo organizado, em defesa da vida, neste domingo, 8 de outubro, Dia do Nascituro. Uma semana atrás, a previsão era de que houvesse manifestações em cerca de 60 cidades do país.
A Caminhada pela Vida Contra o Aborto foi promovida pela Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, em parceria com outras associações e movimentos que defendem o direito à vida desde a concepção até a morte natural.
Zezé Luz, a presidente da rede, declarou via Facebook que a inciativa é um “recado ao STF”, em referência ao Supremo Tribunal Federal, que pautou recentemente a descriminalização do aborto no Brasil até a 12ª semana de gestação. Zezé acrescenta que é também uma exigência ao Congresso Nacional para que vote de forma “imediata” o Estatuto do Nascituro, (PL 478/2007), “que está em tramitação e que prevê a proteção inequívoca e integral da vida do nascituro e consequentemente de sua mãe”.
Belo Horizonte mobilizou cerca de 10 mil pessoas na Praça da Liberdade. Em Cuiabá, 8 mil pessoas percorreram o trajeto entre a Praça Ulisses Guimarães e o Parque das Águas, onde a manifestação pró-vida se encerrou com missa campal presidida pelo arcebispo dom Mário Antonio da Silva, cuja homilia destacou:
“Enquanto não conseguirmos zerar a prática do aborto, enquanto não conseguirmos fechar as clínicas abortivas, as clandestinas no Brasil, nós precisamos gritar, nos unir, nos mobilizar em defesa da vida. Mas para que o nosso grito ecoe durante toda a semana e todo o ano, nós precisamos olhar para as gestantes, precisamos acolher o nascituro. Eis a nossa vinha que devemos cuidar”.
Em Brasília, particularmente relevante no contexto da luta pela vida no Brasil por ser a sede do STF, a caminhada pela vida reuniu cerca de 2 mil pessoas, que encerraram o encontro com o sexto dia da novena a Nossa Senhora Aparecida e em seguida participaram da missa na catedral, celebrada por dom Adair José Guimarães, bispo de Formosa, GO. Ele pediu aos presentes que rezem “pelos nascituros e por aquelas crianças que não puderam nascer em razão da maldade e do egoísmo humano”.
