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Três orações para oferecer a Deus nos momentos de sofrimento

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YanLev

Edifa - publicado em 13/01/21

As provações muitas vezes são ocasiões para o desânimo ou inclusive a revolta contra Deus. Aqui estão três maneiras de pedir ajuda a Ele nos momentos de angústia física ou psicológica

Quando sofremos, o que é que ainda temos para dar ao Senhor? Qualquer que seja o tipo do sofrimento, de doença, de ajuda psicológica, a primeira coisa que temos que fazer é oferecermos a nós mesmos. E então, ofereça a Deus, através das orações, o esforço que você faz para curar, a pílula que você engole para a dor de cabeça e ainda mais a quimioterapia que acabou de receber. Mas como você pode se voltar para Deus quando a revolta e o desânimo tomam conta de você?

1. Meu Deus, meu Deus, por que me desamparastes? (Sal 22,1)

Deus ama essa luta contra o mal com a ajuda de médicos e familiares, pois Deus, como diz a Bíblia, está zangado com o mal em todas as suas formas. É por isso que temos o direito de dizer-lhe, como o próprio Jesus fez no Calvário: “Por que, meu Deus, por quê?”, “Por que tanto sofrimento nesta Terra?” Esse sentimento de indignação, que pode durar muito tempo, não é pecado, pois participa de alguma forma da indignação do próprio Deus contra o mal.

2. “Seja feita a vossa vontade!”

Também podemos lembrar o que os santos provaram quando sofreram, ou seja, seu abandono à santa vontade de Deus. Se Deus permite essa prova, é melhor que, na maioria das vezes, só a conheçamos no Céu. Quando a pequena Bernardete, na cidade de Lourdes, que se tornou Irmã Marie-Bernard, sofria terrivelmente de asma no seu convento de Nevers, ela estava sempre repetindo o “sim” que a Santíssima Virgem lhe ensinou a dizer à vontade de Deus. Essa aceitação está além de nossas forças. Não é natural, mas sobrenatural. É disso que o padre se lembra quando apresenta o Pai-Nosso. É “unidos no mesmo Espírito” que podemos dizer: “Pai … seja feita a vossa vontade!” Quando sofremos, não devemos esquecer de implorar a Jesus que deixe seu Espírito passar por nós para que também possamos dizer, como ele: “Pai, não o que eu quero, mas o que tu queres!” (Mc 14,36).

3. “Eu, que agora me alegro nas penalidades que sofro por vós, e que cumpro na minha carne o que resta a padecer a Jesus Cristo pelo seu corpo, que é a Igreja, da qual eu fui constituído Ministro segundo a dispensação de Deus” (Col 1, 24).

Acima de tudo, essa aceitação contribui para a salvação do mundo. Em sua imensa misericórdia, Deus quer associar o homem ao sacrifício que Jesus lhe ofereceu na cruz. “Por ele, com ele e nele”, podemos oferecer à Deus todos os atos de amor que somos chamados a fazer nas nossas horas de sofrimento. Porque é claro que não é o nosso sofrimento em si que agrada a Deus, mas essa espécie de sorriso interior que continuamos a oferecer a ele em meio ao nosso sofrimento, quando preferíamos reclamar, fugir, nos encerrar. Este sorriso repara todas as murmurações dos homens contra Deus.

O apóstolo Paulo expressou este mistério do sofrimento redentor numa frase poderosa em sua Carta aos Colossenses: “Eu, que agora me alegro nas penalidades que sofro por vós, e que cumpro na minha carne o que resta a padecer a Jesus Cristo pelo seu corpo, que é a Igreja, da qual eu fui constituído Ministro segundo a dispensação de Deus” (1, 24). Esta convicção tem permitido a milhares de cristãos doentes durante séculos viver seus exames de saúde, se não for com alegria, pelo menos em paz. A paz que vem da certeza de não experimentar o inútil quando o corpo ou o coração de nós está sobrecarregado pelo sofrimento.


PADRE PIO, SAN PIO,

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