Que o histórico aperto de mãos entre Donald Trump e Kim Jong-un seja um passo decisivo e real rumo à tão ansiosamente almejada paz
Nesta terça-feira, 12 de junho, a ilha de Sentosa, em Singapura, foi o cenário do aperto de mão entre o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, e o ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte, em frente às bandeiras de seus países e às câmeras de TV do mundo inteiro, após meses de altos e baixos em suas relações diplomáticas.
As expectativas
Depois de um rápido encontro com a imprensa, Trump e Kim seguiram para conversas privadas ao lado de intérpretes de confiança. Em seguida, se uniram a eles os seus assessores. Trump sentou-se à mesa acompanhado de seu secretário de Estado, Mike Pompeo, e do chefe de gabinete, John Kelly.
As expectativas eram grandes de ambas as partes.
Para Donald Trump:
“Faremos um grande trabalho juntos”.
Para Kim Jong-un:
“Superamos todos os obstáculos para chegar até aqui”.
Os 4 pontos principais do documento assinado
No final do encontro, segundo a agência de notícias SES/Kronos, foram apresentados os 4 pontos principais do documento assinado em Sentosa:
- Desnuclearização da península coreana,
- Compromisso de estabelecer novas relações bilaterais, que correspondam adequadamente ao “desejo de ambos os povos de paz e de prosperidade”;
- Esforço comum “para construir um estável e duradouro regime de paz na península coreana”;
- Compromisso de recuperar os restos mortais dos soldados estadunidenses declarados Mission in action (MIA) durante a Guerra da Coreia e o imediato repatriamento dos restos mortais dos que já foram identificados.
No acordo assinado, o presidente Trump se compromete em proporcionar “garantias de segurança” para a Coreia do Norte. O documento estabelece ainda que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, se reunirá “o antes possível com um alto funcionário norte-coreano para continuar o diálogo bilateral sobre a desnuclearização”.
A novena das duas Conferências Episcopais Coreanas
Entre as propostas em favor de uma nova história na península coreana não estão somente as assinadas por Donald Trump e Kim Jong-Un: a Igreja católica nas duas Coreias também promove e nos convida a participar, de 17 a 25 de junho, de uma novena de oração pela paz.
Para cada dia da novena, haverá uma intenção especial de oração:
- Pela cura da separação do povo coreano;
- Pelas famílias separadas por causa da guerra coreana;
- Pelos irmãos que vivem no Norte;
- Pelos refugiados originários do Norte que vivem no Sul;
- Pelos políticos do Sul e do Norte;
- Pela evangelização do Norte;
- Pela promoção dos intercâmbios entre o Sul e o Norte;
- Pela verdadeira reconciliação entre o Sul e o Norte;
- Pela reunificação pacífica entre o Sul e o Norte.
Os bispos estão organizando, além disso, uma conferência pela reconciliação e unidade dos dois países.
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Com informações do Vatican News