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As escolas franciscanas preservam a presença dos cristãos na Terra Santa

Reportagem local - publicado em 24/08/20

Vetores do renascimento cultural árabe, elas constituem o maior incentivo para as famílias cristãs não abandonarem a terra de Jesus. Hoje elas precisam de ajuda

A paz e o renascimento cultural na Terra Santa dependem, em grande medida, das escolas franciscanas, que hoje se encontram em perigo devido à grave crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus.

As Escolas da Custódia da Terra Santa estão entre as melhores instituições de ensino do território em que se encontram, também graças ao seu compromisso em ajudar os estudantes das classes sociais menos favorecidas. Escolas que incentivam as novas gerações de cristãos a permanecer na Terra Santa.

Entre os objetivos dos franciscanos da Terra Santa está o desenvolvimento do nível educacional da comunidade local, realizado através das 15 escolas da Custódia espalhadas por um extenso território. São mais de onze mil alunos que as frequentam e 1100 professores de todas as religiões que nelas trabalham.

O nascimento das escolas franciscanas na Terra Santa remonta ao século XVI. A Escola Terra Santa de Belém é a mais antiga de todo o Oriente Médio e foi fundada em 1598. Essas escolas buscam oferecer instrução a pessoas de diversas classes sociais e econômicas.

Como escolas franciscanas, procuramos ajudar os pobres. Nossas escolas são consideradas ‘populares’”, explica o frade franciscano Abdel Nasih Fahim, secretário geral das escolas cristãs.

Frei Ibrahim Faltas, diretor das Escolas Terra Santa, acrescenta: “frequentemente temos alunos que entram com três anos de idade e seguem até concluir os estudos universitários. Também oferecemos muitas bolsas”.

Os graduados das Escolas Terra Santa podem ser considerados pioneiros do renascimento cultural árabe na Terra Santa, e se destacam em todos os setores do mundo do trabalho aos quais acessam.

O Ministério da Educação considera essas escolas, equipadas com as mais modernas instalações tecnológicas, entre as melhores do país pela excelência educacional.

Os frades franciscanos também estão empenhados na educação musical por meio do Instituto Magnificat, que contribui para o crescimento dos jovens estudantes.

Frei Ibrahim Faltas reconhece que “a instrução que nós franciscanos garantimos à comunidade local é o principal incentivo para os cristãos permanecerem na Terra Santa”.

Os cristãos, de fato, foram os mais afetados pelas tensões sociais, econômicas e políticas do século passado. Em 1948 eram 25% da população, hoje estão reduzidos a 2%.

A coleta em favor da Terra Santa, que o Papa Francisco convocou em todas as igrejas para o domingo, 13 de setembro, servirá também para ajudar economicamente as escolas franciscanas, evitando que a crise da pandemia e a ausência de peregrinos acabem com esperança dos cristãos que vivem na terra de Jesus.


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