O sistema cubano cairá, declarou o pe. Alberto Reyes Pías em referência à ditadura comunista implantada em Cuba por Fidel Castro em 1959. O regime, atualmente capitaneado pelo presidente não eleito Miguel Díaz-Canel, se embruteceu de modo crítico nos últimos meses para reprimir desproporcionalmente as manifestações populares pacíficas que tomaram as ruas da ilha em 11 de julho de 2021.
O pe. Alberto, que é cubano ele próprio e exerce seu ministério na arquidiocese de Camagüey, comentou via rede social sobre a violência recente da ditadura comunista:
“A brutal repressão desencadeada desde 11 de julho, somada à hipersensibilidade dos mecanismos de controle estatal, aos processos sem justiça ou real possibilidade de defesa, às condenações desproporcionais dos manifestantes e às deportações forçadas, aumentaram a nossa sensação de impotência e de estar indefesos. Por outro lado, o favorecimento de uma nova debandada migratória reforçou a ideia de que é melhor fugir do que lutar”.
E prosseguiu:
“Parece que a esperança agoniza, submetida pelas maldições de sempre: ‘ninguém vai mudar isso’, ‘aqui não tem mais nada que possa ser feito’, ‘ninguém vai conseguir arrumar isso…’. Mas a esperança é uma espécie rara, que, sem que saibamos como, se revitaliza, se reconstrói e, pouco a pouco, ressurge do golpe que tentou derrotá-la, disposta mais uma vez a invocar a luz”.
Sustentando que o sistema cubano cairá, ele afirmou:
“Chame-o de comunismo, socialismo, castrismo ou do que quer que seja, por mais poderoso que tenha sido e ainda pretenda ser, o ‘sistema cubano’ cairá”.
E por quê?
[Porque] “sufoca a liberdade – e o ser humano é constitutivamente feito para a liberdade, tanto que o próprio Deus Criador a respeita e permite que suas criaturas humanas O rejeitem, mesmo que com isso façam mau uso da sua liberdade. Não podemos viver sem liberdade. O medo, a repressão, o instinto de sobrevivência podem nos submeter ou parecer fazê-lo, e podem passar anos, mas o fogo da liberdade é inextinguível e permanece, e, no devido tempo, se manifesta”.
O sacerdote finalizou:
“Hoje as sombras nos rodeiam, mas sei que, do amanhecer ao anoitecer, há muitos de nós que continuam acreditando num futuro de liberdade, também para aqueles que nos oprimem. Sei que, do amanhecer ao anoitecer, há muitas pessoas que se recusam a desistir da luta; sei que, do amanhecer ao anoitecer, há muitas pessoas que estão fazendo todo o possível para que um dia o sol nasça sobre uma Cuba sem correntes. Chegará o momento em que veremos que todos aqueles esforços que hoje nos parecem inúteis eram os esforços que estavam movendo montanhas, embora não conseguíssemos enxergar”.
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