Um sacerdote foi encontrado morto em uma igreja de Pernambuco na noite desta terça-feira, 1º de fevereiro. O caso é investigado pela Polícia Civil e há suspeitas iniciais de que, infelizmente, se trate de mais um episódio de suicídio entre padres brasileiros, drama que chamou fortemente as atenções dos católicos do país em 2021.
Funcionários da paróquia encontraram o corpo do pe. Geraldo de Oliveira, 77, entre os bancos da igreja de São Sebastião na cidade de Surubim, região agreste de Pernambuco. Ao lado do corpo havia uma carta, um frasco e um pedaço de corda. A polícia, que suspeita que o conteúdo do frasco fosse veneno, encaminhou o corpo do sacerdote ao Instituto Médico Legal (IML) de Recife.
O bispo da diocese de Nazaré da Mata, dom Francisco de Assis, prestou solidariedade “aos seus familiares, ao clero, à paróquia São Sebastião, em Surubim, e ao povo de Deus”, acrescentando tratar-se de um “momento de grande dor”. Dom Francisco afirmou ainda que, “como seguidores de Jesus, caminho, verdade e vida, cremos na vida eterna e na superioridade do amor de Deus, a quem recomendamos esse nosso irmão, confiando-lhe também as preces de todos os nossos diocesanos”.
A prefeitura de Surubim decretou luto oficial de três dias pela morte do padre Geraldo. Em nota, o município reconheceu que o sacerdote “sempre teve uma importante atuação até hoje admirada por todos os fiéis pelo seu compromisso de fé com a Palavra de Deus, praticando-a destacadamente com os mais necessitados”.
O pe. Geraldo de Oliveira era sacerdote havia 50 anos, dos quais 23 decorridos na diocese de Caruaru e 27 na de Nazaré da Mata. Morador de Surubim, ele mantinha, segundo a atual diocese, “atividades de vigário paroquial e assistência aos pobres, como lhe era peculiar”.
A notícia sobre o sacerdote encontrado morto na igreja paroquial comoveu profundamente não só a população local, mas também impacta milhões de católicos em todo o país.
Em novembro de 2021, repercutiu intensamente no Brasil um contundente comentário sobre a gravidade deste panorama e sobre a carência de acompanhamento e apoio aos padres nos seus momentos de maior fragilidade emocional. Recorde:
