Com a guerra na Ucrânia sem perspectivas de solução no curto prazo, multiplicam-se os apelos de líderes religiosos pelo cessar-fogo e pela priorização de negociações diplomáticas entre o governo da Rússia, promotor da invasão, e as autoridades do país invadido.
Entre os muitos líderes religiosos que se manifestaram enfaticamente, Anba Raphael, bispo copta ortodoxo da área central do Cairo, declarou sem panos quentes que, nesta situação de extrema violência, “o único que sai ganhando é o diabo”.
Ele afirmou:
“As guerras são uma derrota para todas as partes envolvidas. O único que se diverte é o diabo, que já dança sobre as cabeças dos cadáveres e brinca com o sofrimento das viúvas, dos órfãos e das mães enlutadas”.
As fortes palavras do bispo copta ortodoxo egípcio contra a guerra na Ucrânia ressoam com força quando mais de uma centena de civis ucranianos já foram mortos e mais de meio milhão de habitantes do país tiveram de fugir para os países vizinhos.
Papa Francisco também levanta a voz pelo cessar-fogo
Diante deste cenário de morte, o Papa Francisco também tem agido junto às autoridades da Rússia e da Ucrânia para promover o cessar-fogo.
O Papa também reza pelo fim imediato da guerra na Ucrânia:
“Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”.
E convida os católicos para que, além de se manifestarem enfaticamente em favor do fim do conflito, empreguem as armas espirituais para vencer esta batalha:
“Ao absurdo diabólico da violência, respondamos com as armas de Deus, com oração e jejum”.
De fato, neste 2 de março, Quarta-feira de Cinzas e início da Quaresma, estamos todos convidados pelo Papa Francisco a dedicar de modo especial o jejum e a oração pela intenção do fim da guerra.
