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5 sugestões para planos governamentais positivos que não precisam do aborto

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Jacob Postuma I Unsplash

Reportagem local - publicado em 11/07/18

Em vez de fingir que o aborto é solução, os governos têm muitas alternativas bem mais eficazes para promover o bem-estar de mulheres e crianças

Cristina Valverde Johnson é advogada pela Universidade de Navarra, na Espanha, tem mestrado em Direito Canônico e em Matrimônio e Educação Familiar e propôs recentemente algumas soluções positivas para se evitar a prática do aborto.

Uma das supostas “justificativas” que os defensores do aborto costumam aduzir é a de que essa prática seria necessária como “plano de longo prazo” para erradicar os efeitos negativos das gravidezes indesejadas. É evidente, no entanto, que o aborto é, mesmo nesta perspectiva, um mero paliativo que passa muito longe de solucionar as objetivas causas das gravidezes ditas indesejadas.

Se é para acionar um plano governamental de longo prazo, por que esse plano precisaria ser o aborto e não alternativas muito mais eficazes e sustentáveis?

Há outras formas, igualmente de longo prazo, para não apenas evitar as gravidezes indesejadas como, principalmente, para fomentar as gravidezes desejadas e responsáveis. Essas formas, além de serem positivas, ainda evitam os traumas do aborto – que existem e afetam profundamente a mulher, tanto psicológica quanto fisiologicamente, por mais que a propaganda pró-aborto tente fazer crer que essa prática é “inofensiva”.

Em seu artigo, Cristina Valverde Johnson destaca:

“O aborto mata um ser humano inocente e nenhuma mulher pretende ter que abortar. Então, vamos nos concentrar em soluções positivas que realmente ajudem as mulheres”.

As medidas que ela propõe deveriam ser óbvias para qualquer um que seriamente deseje uma sociedade mais sadia em vez de apenas mais inconsequente:

1 – Reduzir o número de gravidezes na adolescência




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Entre os principais meios para isto, a especialista menciona:

a) Necessidade de uma educação para a beleza da atividade sexual, entendida não como banalidade ou meio de prazer físico passageiro, mas como entrega pessoal em uma relação de amor e compromisso – contexto este que, aliás, intensifica até mesmo o prazer físico. Em outras palavras, é preciso resgatar uma visão do sexo que seja autenticamente livre, porque aquilo que hoje se vende como “sexo livre” não passa de escravidão dos instintos. Essa visão mais profunda sobre a sexualidade não precisa depender de nenhuma visão religiosa: é simplesmente humana e está ao alcance de todos. b) Também é crucial tomar medidas de tipo bastante pragmático, tais como “impedir o consumo de álcool e drogas que alteram a percepção da realidade e do estado de consciência”. c) Cristina incentiva também uma postura fundamental: propor às crianças e aos adolescentes um projeto de vidaque seja interessante e os ajude em seu futuro”. d) Ela destaca, ainda, “a formação dos pais em relação à afetividade e à sexualidade de seus filhos” e o papel familiar na “educação afetiva e sexual para crianças e adolescentes, com a presença de seus pais, baseada no autoconhecimento, autocontrole e autorrespeito, de acordo com o desenvolvimento fisiológico das crianças e adolescentes”. e) Além disso, Cristina observa que é importante controlar “o horário e o conteúdo dos programas consumidos na mídia, para evitar conteúdo que exponha crianças e adolescentes a temas e situações de adultos”.

2 – Erradicar a violência sexual




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Cristina Valverde Johnson propõe:

a) Campanhas de conscientização gradual para que, nas residências (inclusive nos planos habitacionais), além dos espaços comuns em que todos convivem durante determinadas atividades familiares, também se torne habitual a adoção de práticas de segurança e privacidade mediante a definição de “espaços adequados para adultos e outros para crianças e adolescentes, a fim de evitar casos de abuso sexual” – sem comprometer, obviamente, a segurança dos menores por falta de atenção ao que eles estejam fazendo em seus próprios espaços. A ideia aqui é de médio a longo prazo e procura incentivar que a própria configuração das residências reduza as chances de abusos que possam passar despercebidos pela família, além de aumentar a noção de privacidade, necessária para o amadurecimento do senso de autopreservação. b)Combater a pornografia, principalmente a infantil e com violência física e sexual, pois estudos apontam que os consumidores de pornografia “são mais propensos a ser sexualmente agressivos na vida real” – e essa propensão, que vale para a pornografia em geral, aumenta quando os conteúdos pornográficos envolvem aquelas “modalidades” em particular. c) Também é necessário “quebrar o círculo da violência doméstica mediante acompanhamento e terapias”, bem como “promover uma cultura que respeite as mulheres e não as trate como objetos sexuais”.

3 – Apoiar a maternidade




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Cristina faz um questionamento crucial:

“Diante de uma situação difícil, apresentamos o aborto como a única opção? É melhor apoiar a mãe e o filho”.

Para isto, é necessário que os planos governamentais focados no aborto melhorem seu foco direcionando-o para outras medidas muito mais efetivas:

a)Reduzir a pobreza, especialmente a pobreza feminina, promovendo “mais acesso à educação e à formação profissional”. b) Incentivar o empreendedorismo: “microempresas e microcréditos para o desenvolvimento profissional das mulheres e do seu entorno” e “um seguro social de maternidade para as donas de casa”. c)Implantar “Centros de Orientação Familiar para apoiar as mulheres, especialmente aquelas em estado de vulnerabilidade”.

4 – Reduzir a mortalidade materna e infantil




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E é possível consegui-lo através de políticas públicas focadas em:

a) Educação da mulher; b) Cuidados pré, peri e pós-natais; c) Nutrição complementar das mulheres grávidas e dos seus filhos; d) Acesso universal a melhores instalações de saúde materna.

5 – Conscientizar de modo objetivo, imparcial e claro sobre o que é o aborto




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a) Esclarecer em vez de punir. Cristina Valverde Johnson menciona até o fato de que alguns países punem o aborto com a prisão, o que é inefetivo mesmo quando se sabe que o aborto é, objetivamente, um assassinato. Ela considera que as sanções poderiam ser, em vez da privação da liberdade, o “serviço à comunidade, a conscientização do crime cometido e o acompanhamento para a sua cura física e psicológica”.



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b) Informação científica objetiva sobre o bebê. O entendimento de que o aborto mata um ser humano em suas primeiras etapas de formação é crucial – e este aspecto básico da realidade é negado pelas ideologias abortistas, que, manipulando até a biologia elementar, procuram fazer crer que um embrião é qualquer coisa abstrata menos um indivíduo humano com DNA próprio. c) Informação científica objetiva sobre as consequências do aborto. “As consequências do aborto são reais. Não é uma questão cultural ou religiosa, mas fisiológica”, recorda Cristina. E prossegue: “Com o aborto, a mulher vive a experiência traumática da morte violenta do seu filho dentro do seu corpo. E o organismo reage. É necessário cuidar das sequelas físicas e psicológicas que o aborto causa à mulher – e não só a ela, mas também a toda a sua família”.




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A partir de matéria da ACI Digital

Tags:
AbortoEducaçãoMaternidadeSexualidadeVida
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