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Pesquisa estuda relação entre alimentos ultraprocessados e envelhecimento celular

JEDZENIE NIEZDROWE

Ekaterina Markelova | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 09/09/20

Esses alimentos, altamente industrializados, incluem bebidas açucaradas, carnes processadas e comidas gordurosas

Um estudo apresentado na Conferência Europeia e Internacional sobre Obesidade, que acaba de ser realizada mediante sessões online devido à pandemia de covid-19, tratou da relação entre o consumo frequente de alimentos ultraprocessados e o envelhecimento das nossas células.

Trata-se de alimentos industrializados que contêm altas concentrações de gorduras, óleos, amido e açúcares. Incluem bebidas açucaradas, carnes processadas e alimentos gordurosos. Esses alimentos compartilham características como, por exemplo, aromatizantes artificiais, corantes, emulsificantes e conservantes voltados a prolongar o seu prazo de validade.

Segundo o estudo, há indícios de relação entre a ingestão desse tipo de alimento e ao menos dois possíveis efeitos negativos em nossas células: o encurtamento dos telômeros encontrados nas extremidades dos cromossomos e a redução das fitas de DNA que também compõem a estrutura cromossômica. Os telômeros são uma espécie de “biomarcador” do envelhecimento em nível celular. Além disso, a sua localização faz deles protetores da fita de DNA. Tanto a diminuição dos telômeros quanto a das fitas de DNA ocorre naturalmente com o passar dos anos, mas pode ser acelerada pelo alto consumo de “junk food“, ou “comida porcaria”, como costumamos chamar no Brasil.

Pesquisas na área já vinham estudando a ligação entre a comida ultraprocessada e quadros de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e depressão. Um dos experimentos, iniciado em 2008, analisou 886 amostras de DNA, das quais 645 eram de homens e 241 de mulheres a partir de 55 anos de idade. Além do consumo de alimentos ultraprocessados, o experimento levou em conta a rotina dos participantes: se eram sedentários ou praticavam atividade física, se tinham outra doença e se estavam procurando equilibrar a sua alimentação. Entrevistas a cada 2 anos com os participantes visavam registrar os seus eventuais novos hábitos para garantir que as mudanças de cenário fossem corretamente consideradas na pesquisa. Como resultado, o estudo indicou que o alto consumo de alimentos ultraprocessados aumenta as chances de doenças cardíacas e diabetes, além de elevar o índice de gordura no sangue.

No tocante ao encurtamento dos telômeros, a equipe de pesquisadores declarou que ainda não há comprovação definitiva de que ele seja acelerado pelo consumo desses alimentos: são necessários mais estudos para verificar uma relação de causa-efeito, mas a hipótese continua se mostrando plausível o suficiente para que o alto consumo desse tipo de alimento não seja incentivado.

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