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Feminilidade tóxica é tema de acampamento católico nos EUA

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Francisco Vêneto - publicado em 02/08/21

Como contraponto ao que chama de feminilidade tóxica, a fundadora do Instituto Gratia Plena propõe o estilo das santas católicas

Feminilidade tóxica é um tema nada comum no meio de uma variedade de narrativas ideológicas enviesadas ao sabor das militâncias sobre o seu parente famoso, a assim chamada masculinidade tóxica. Raridade à parte, é o assunto proposto para discussão num acampamento católico nos Estados Unidos.

A idealizadora do acampamento que acontece em Leonardtown, no Estado de Maryland, é uma mulher casada e mãe de dois filhos: Kelly Marcum, fundadora do Instituto Gratia Plena, conta que, nos seus tempos de estudante na Universidade Georgetown, gerida pelos jesuítas, presenciou “as consequências do feminismo tóxico” na vida de muitas de suas colegas. Kelly comenta:

“A cultura nos ensina que a licenciosidade sexual é sinônimo de empoderamento, que devemos fugir do sacrifício, que a auto-satisfação é a faceta mais importante da felicidade”.

Como contraponto a essa toxicidade, Kelly propõe o estilo de vida abraçado pelas santas católicas:

“As mulheres de quem falamos não são unidimensionais de forma alguma. Santa Joana D’Arc conduziu o exército do seu rei à vitória. Santa Teresa ensinava a preencher cada momento com amor. Santa Gianna foi uma mãe trabalhadora que sacrificou tudo pela sua filha. Santa Margarida da Escócia cultivou uma brilhante vida interior enquanto criava oito filhos e governava um país com seu marido, fortalecendo o cristianismo na Escócia”.

Feminilidade tóxica é tema de acampamento católico nos EUA

Uma das oradoras no acampamento é Kimberley Cook, autora do livro “Motherhood Redemed: How Radical Feminism Betrayed Maternal Love” (Maternidade Resgatada: Como o Feminismo Radical Traiu o Amor Materno, em livre tradução). Para ela, muitas mulheres hoje associam o feminismo a conquistas positivas como o direito ao voto, mas ignoram outros aspectos carregadamente ideológicos envolvidos no termo.

Kimberley Cook menciona ativistas e ideólogas do feminismo radical, como Margaret Sanger, que chegou a fazer explícitas declarações em defesa da eugenia, do racismo e do aborto racialmente seletivo, e Simone de Beauvoir, para quem, segundo Cook, as mulheres que optam por ficar em casa e ter muitos filhos sofrem de “uma doença mental grave”. Kimberley Cook declarou ao jornal National Catholic Register que um objetivo do Instituto Gratia Plena é o de “combater este pensamento e reintroduzir as ideias católicas de feminilidade”.

A discussão é vista como oportuna e bem-vinda por jovens como Pamela Medina, caloura de 18 anos na Universidade Franciscana de Steubenville. Ela é uma das participantes do acampamento dirigido pelo Instituto Gratia Plena. Segundo a agência ACI Digital, Pamela declarou que, até então, só tinha ouvido falar em “dois extremos da feminilidade: um é ser uma mulher extremamente independente e sedenta de poder, e o outro é ser mãe de um filho atrás do outro”.

Tags:
feminismoIdeologiaMaternidadeMulher
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