O cardeal dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, morreu em decorrência da covid-19 às 22h40 deste domingo, 26 de setembro, aos 95 anos.
Dom Falcão estava internado desde o dia 17 de setembro e entubado desde o dia 24, quando o seu quadro respiratório e renal apresentou severo agravamento.
Cardeal José Freire Falcão
Nascido em 23 de outubro de 1925 em Ereré, no Ceará, o adolescente José ingressou aos 14 anos no seminário da Prainha, em Fortaleza, e foi ordenado padre em Limoeiro do Norte, no mesmo estado, em 1949. Foi nomeado bispo daquela diocese em 1967, sendo transferido em 1971 para Teresina como arcebispo e ali permanecendo até 1984.
Foi então nomeado arcebispo de Brasília, missão que exerceu até aposentar-se por idade, em 2004.
Desde 1988 era cardeal, criado pelo Papa São João Paulo II. Embora continuasse sendo cardeal até a morte, deixou de eleitor em conclaves no mês de outubro de 2005, já que havia então atingido a idade de 80 anos: participou, portanto, da eleição de Bento XVI, em abril daquele ano, mas não na do Papa Francisco, em 2013.
“Marca indelével”
A nota de pesar divulgada pela Arquidiocese de Brasília afirma:
“Sua ausência é sentida profundamente por toda a Arquidiocese de Brasília, amigos e fiéis, pela marca indelével que S. Emcia. deixou nas numerosas obras pastorais que ensejou durante os vinte anos que governou esta Igreja Particular”.
O Cardeal Dom José Freire Falcão havia sido assessor da CNBB na área litúrgica. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em sua nota sobre o falecimento do arcebispo emérito, recordou que ele ampliou o número de padres e paróquias do Distrito Federal, preparou a recepção ao Papa São João Paulo II em 1991, criou a Casa do Clero e estimulou os movimentos eclesiais, sempre fiel ao seu lema episcopal: “In humilitate servire“, ou seja, “Servir na humildade“.
Telegrama do Papa Francisco
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou nesta manhã o telegrama de condolências enviado pelo Papa Francisco pela morte do cardeal arcebispo emérito de Brasília. Em um dos trechos, a nota de Francisco afirma:
“Dou graças ao Pai do Céu pelo seu ministério episcopal, em que ele se prodigalizou com generosidade conduzindo pelos caminhos do Evangelho o povo que lhe fora confiado, com o mesmo zelo com que realizara os seus serviços precedentes”.
