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Arcebispo afirma que Joe Biden não está em comunhão com a fé católica

Arcebispo dom Charles Chaput

© Matt Rourke/AP/SIPA

Francisco Vêneto - publicado em 28/10/22

"Todo sacerdote que der a Comunhão ao presidente Biden participará da sua hipocrisia"

O arcebispo emérito da Filadélfia, dom Charles Chaput, afirmou que Joe Biden não está em comunhão com a fé católica.

Dom Charles Chaput, que é o primeiro bispo indígena norte-americano, se manifestou a respeito da incoerência do presidente democrata durante um simpósio eucarístico na diocese de Arlington, ressaltando que, além da “apostasia” do próprio político pró-aborto que se diz católico, “todo sacerdote que agora der a Comunhão ao presidente participa da sua hipocrisia”.

De fato, Joe Biden advoga explicitamente em favor do aborto, já se declarou “profundamente comprometido” com o aborto e já enfatizou que defenderá o aborto “com todos os recursos“.

Recentemente, o democrata afirmou que, se o seu partido conseguir a maioria nas duas câmaras legislativas nestas próximas eleições norte-americanas, a primeira medida que promoverá é uma nova lei que volte a liberar o aborto no país. A antiga lei do aborto, que esteve em vigor durante quase 50 anos, foi declarada inconstitucional e derrubada pela Suprema Corte em junho deste ano.

O próprio Papa Francisco já afirmou que a postura pró-aborto de Joe Biden é “incoerência como católico“.

Muito embora o presidente se diga membro da Igreja, a sua posição está em explícita contradição com a doutrina católica sobre a gravidade do aborto. O Catecismo da Igreja Católica descreve o extermínio proposital de um ser humano em seus estágios iniciais de desenvolvimento como “gravemente contrário à lei moral” e exorta os legisladores a protegerem a vida humana desde o momento da concepção até a morte natural. O número 2273 reforça que, se a lei priva um grupo de seres humanos dessa proteção, então o Estado está negando, de fato, a igualdade de todos perante a lei.

No simpósio eucarístico em Arlington, dom Charles Chaput palestrou sobre os 200 anos de esforço da Igreja Católica para adaptar-se à cultura norte-americana, que privilegiava outras confissões. O tema da sua palestra foi “Fazei isto em memória de mim: memória, cultura, sacramento”. Ele observou:

“Tivemos êxito, mas, no processo, fomos digeridos e embranquecidos pela cultura, em vez de fermentá-la de maneira fértil com um testemunho católico distinto”.

Segundo a agência de notícias CNA, o arcebispo exemplificou essa diluição da coerência católica mencionando o caso de Biden:

“A apostasia do Sr. Biden na questão do aborto é apenas o exemplo mais repugnante. Ele não está sozinho. Mas em um mundo sadio, a sua singular liderança pública faria, ou deveria fazer, com que as consequências públicas fossem inevitáveis. O Sr. Biden não está em comunhão com a fé católica. E qualquer sacerdote que agora der a Comunhão ao presidente participará da sua hipocrisia”.

Voltando à debilitação da fé nos ambientes católicos, com Chaput lamentou:

“Mesmo as pessoas que frequentam regularmente a missa dominical não acreditam mais no Sacrifício Real ou na Presença Real. Esquecemos quem nós somos como povo crente. Esta é tanto uma causa quanto um sintoma do espírito católico morno de hoje em dia, na cultura da nossa nação e dentro da própria Igreja. Mas isso pode e deve mudar, começando com cada um de nós aqui”.

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