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Embaixador da causa LGBTQIA+ no Parlamento Europeu debocha de Maria em revista gay

PARLAMENTO EUROPEU

Drop of Light | Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 08/12/21

Internauta detona os dois pesos e duas medidas: "Se alguém tivesse postado conteúdo homofóbico, já teria sido removido e tido a conta suspensa"

O autodeclarado comediante alemão Riccardo Simonetti, que também é ativista e embaixador da causa LGBTQIA+ no Parlamento Europeu, debochou da Santíssima Virgem ao aparecer na capa de uma revista gay berlinense fantasiado de Nossa Senhora, mas de barba e cabelo comprido. Ele ainda segura no colo um bebê que representaria o Menino Jesus. Em outra provocação aos católicos em pleno Advento, ele aparece numa segunda imagem da publicação com a mesma fantasia, mas acompanhado de um homem que representaria São José.

A publicação do embaixador LGBTQIA+ foi divulgada por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. Resta saber qual seria a relação entre essa data e a desconexa provocação feita pelo suposto “comediante” de 28 anos, que, não contente, resolveu demonstrar ainda mais falta de nexo ao “questionar” em sua rede social:

“Se ignoramos que Jesus não era branco, então poderíamos acreditar também que a Virgem Maria tinha barba. Por que não?”

Responde-se facilmente por que não. Basicamente porque:

1 – Não “acreditamos” que Jesus fosse branco: antes, sabemos que, como pessoa histórica, Ele nasceu judeu e tinha feições comuns ao povo palestino de dois mil anos atrás. Não há qualquer relato na Sagrada Escritura ou nos registros dos historiadores da época sobre eventuais estranhamentos entre os judeus quanto ao aspecto físico de Cristo, o que leva pacificamente a pressupor que Ele era, no quesito aparência, um homem “comum” como os demais do seu povo.

2 – Não obstante, ao longo da história, cada povo representou Jesus de acordo com as suas próprias características sócio-culturais e seus estilos artísticos, de modo que encontramos representações de Cristo como europeu na Europa, japonês no Japão, africano na África. Não há correlação lógica nenhuma entre essas representações e a esdrúxula comparação entre elas e a “credibilidade” da ideia de que Maria tivesse barba.

A problematização artificial e gritantemente enviesada do aspecto físico de Jesus Cristo é recente e tem sido manipulada como mais uma forma espúria de forçar divisões ideológicas. Ativistas como Shaun King, da extrema-esquerda norte-americana, chegaram a incentivar a depredação de estátuas de Jesus com base nessa descontextualização proposital, afirmando desvairadamente que elas seriam instrumentos da “supremacia branca”.

Se aparentemente não se pode concluir que o embaixador LGBTQIA+ tenha conhecimentos elementares de lógica básica, seria pelo menos de esperar que tivesse um mínimo de noção de arte, dado que alega trabalhar como artista. Ou a intenção de Riccardo Simonetti era, explicitamente, a de apenas provocar sem compromisso algum com a arte, nem com a lógica e nem mesmo com o suposto propósito do cargo que ocupa?

Embaixador da causa LGBTQIA+ debocha de Maria

A agência de notícias ACI Prensa, ao noticiar este enésimo episódio de provocação gratuita à sensibilidade religiosa dos católicos, reuniu algumas das respostas dadas por internautas à falta de respeito demonstrada por uma pessoa pública que se diz defensora dos direitos alheios, como supostamente seria o caso de quem ostenta o posto de “embaixador da causa LGBTQIA+”.

Conforme citado na matéria de ACI Prensa, o internauta Georgeny Adel se perguntou: “Quanto ainda temos que suportar isso?”. Já Edith Hernández declarou lamentar que Simonetti precisasse “recorrer a esse tipo de blasfêmia para chamar a atenção”.

O internauta Istvan Seri foi mais enfático ao criticar a hipocrisia que envolve o episódio. Ele agudamente desmascarou os dois pesos e duas medidas com que a rede social Facebook reagiu a esta agressão alegadamente “humorística”:

“Inapropriado, insultante e depreciativo. O que houve com a inclusão? Tenho certeza de que os cristãos e os tradicionalistas não crentes se sentem ofendidos com isso. Seria exatamente a mesma coisa se alguém tivesse postado conteúdo homofóbico. A única diferença é que, nesse caso, o Facebook já teria removido o conteúdo e suspendido a conta de quem o publicou”.

Jorge Buxadé, líder da bancada do partido espanhol Vox no Parlamento Europeu, pediu que Simonetti seja retirado imediatamente do cargo de embaixador LGTBQIA+. Buxadé escreveu em sua rede social: “O nível de idiotice e de falta de escrúpulos desses profissionais da enganação é insuportável. Ele se acha intocável por causa dessa falsa teoria da tolerância. Mas não é”.

De fato, é cansativo, medíocre e vergonhoso que uma pessoa supostamente dedicada a fomentar o respeito pelas diferenças escolha publicamente desprezar algo tão íntimo e delicado quanto a fé e o sentimento religioso de todo um povo do qual voluntariamente se exclui, enquanto aponta o dedo, hipocritamente, para a postura excludente dos outros.

O espetáculo da “tolerância”

Confira mais algumas mostras do atual espetáculo de “tolerância” e “inclusão” pregada e vivida às avessas:

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